🧘‍♀️ Expansão das Práticas Integrativas no SUS


Um Marco para a Saúde Pública Brasileira

 As Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) estão se consolidando como ferramentas de grande relevância no Sistema Único de Saúde (SUS), propiciando um atendimento mais humanizado, holístico e acessível à população. Conforme dados divulgados pelo Ministério da Saúde, em 2025, observou-se um crescimento expressivo de 70% na implementação dessas práticas em todo o território nacional, consolidando o Brasil como uma referência internacional na adoção de terapias integrativas em sistemas públicos de saúde.


O que são as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS)?

 As PICS compreendem um conjunto de abordagens terapêuticas que utilizam recursos fundamentados em conhecimentos tradicionais e contemporâneos para a prevenção de doenças, promoção e recuperação da saúde. Dentre as práticas mais disseminadas, destacam-se:

- Acupuntura: técnica milenar da Medicina Tradicional Chinesa que envolve a inserção de agulhas em pontos específicos para aliviar dores e promover o equilíbrio energético.

- Auriculoterapia: modalidade terapêutica que estimula pontos na orelha com o intuito de tratar disfunções físicas e emocionais.

- Yoga: prática integrativa que combina posturas físicas, técnicas respiratórias e meditação, promovendo o bem-estar físico e mental.

- Meditação: intervenção fundamentada na atenção plena, eficaz na redução do estresse, ansiedade e na melhoria da qualidade de vida.

- Arteterapia: utilização de atividades artísticas, como pintura, modelagem ou música, para auxiliar no tratamento emocional e psicológico.

- Musicoterapia: uso da música e seus elementos como intervenção terapêutica para aprimorar a saúde e qualidade de vida.


Ampliação do acesso e benefícios para a população

 A expansão das PICS no SUS tem possibilitado que milhões de brasileiros tenham acesso gratuito a terapias que anteriormente estavam restritas a clínicas privadas ou a contextos alternativos. As Unidades Básicas de Saúde (UBS) e os Centros de Práticas Integrativas são os principais locais onde estas abordagens são disponibilizadas, mediante avaliação e encaminhamento profissional.

 Esse movimento reflete uma mudança significativa na concepção de saúde pública: além de tratar enfermidades, busca-se promover o bem-estar integral, considerando os aspectos físicos, emocionais, sociais e espirituais do indivíduo.

 Diversos estudos científicos têm evidenciado que as PICS são eficazes na prevenção e no tratamento de condições como dores crônicas, transtornos de ansiedade, depressão, hipertensão e doenças metabólicas, além de promoverem a melhoria da qualidade de vida e da adesão ao tratamento convencional.


Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC)

 Desde a publicação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) em 2006, o Brasil tem avançado na regulamentação e disseminação dessas terapias no SUS. Em 2017, novas práticas foram incorporadas, e o investimento na formação de profissionais da saúde capacitados para atuar com as PICS intensificou-se.

 Atualmente, mais de 29 modalidades terapêuticas são oficialmente reconhecidas, e estima-se que mais de 10 mil profissionais estejam atuando com essas abordagens no âmbito público.


Perspectivas para o futuro

Com o aumento da demanda por terapias integrativas, espera-se que novas práticas sejam incorporadas ao SUS, ampliando ainda mais o acesso e diversificando as possibilidades terapêuticas oferecidas aos usuários. Além disso, o fortalecimento da pesquisa científica na área das PICS é fundamental para consolidar sua efetividade e segurança, promovendo uma assistência cada vez mais qualificada.


Considerações finais

 A expansão das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde representa um avanço significativo na promoção de uma assistência mais humanizada e resolutiva no SUS. Ao integrar práticas tradicionais com a medicina convencional, cria-se um modelo de cuidado mais abrangente, centrado no indivíduo e em suas múltiplas dimensões de saúde.

 Para obter mais informações sobre as PICS e como acessá-las em sua região, consulte o portal oficial do Ministério da Saúde.


Fontes e Referências

  1. Conselho Nacional de Saúde (CNS). Relatório de Monitoramento das PICS no Brasil. Publicado em 2025.
  2. Fiocruz. Acesso às Práticas Integrativas e Complementares no SUS cresce no Brasil. Publicado em 2024. Disponível em: https://portal.fiocruz.br
  3. Organização Mundial da Saúde (OMS). WHO Traditional Medicine Strategy 2014-2023. Disponível em: https://www.who.int/publications/i/item/9789241506090